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Aspectos Práticos Da Avaliação Psicológica 2ª Edição – Resenha

ASPECTOS PRÁTICOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NAS ORGANIZAÇÕES
(2ª Ed versão atualizada e ampliada)
Organizadoras: Daniela Forgiarini Pereira  e Denise Ruschel Bandeira

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Cláudia Tondo, Psicóloga pela UFRGS e Doutora pela PUCRS-HEC- Montreal , em seu prefácio aborda o quão os Testes Psicológicos foram sendo grandes aliados nas Avaliações Psicológicas, onde “realizar um processo de avaliação psicológica bem conduzido, contextualizado, utilizando bons instrumentos e que leve em conta o ambiente, a cultura e os valores de um determinado grupo ou instituição(seja uma família, uma empresa, uma escola ou qualquer outra configuração), pode ser muito útil para todos os envolvidos.” Utilizados de maneira correta e eficiente, os testes psicológicos nos ajudam a construir trabalhos excelentes, são nossas ferramentas de trabalho que se traduzem em resultados conscientes.

Traçada em um formato atualizado, esta edição Aspectos Práticos da Avaliação Psicológica nas Organizações, lançado em 2016 e tão bem revelada pelas autoras Daniela F. Pereira e Denise R. Bandeira, chega revisada, apresentando em seus 9 capítulos, questões que envolvem e perneiam este tema. Através de renomados especialistas do segmento nos apresenta, de maneira prática, respostas que tangem desde quais testes usar nas organizações além dos diversos contextos em que se aplicam, bem como realizar uma entrevista comportamental por competências, os documentos gerados dessas avaliações e suas estruturas.

No capítulo 1,Aspectos práticos da avaliação psicológica nas organizações, as autoras Daniela F. Pereira, Denise Bandeira e Zuleika F. Rheinheimernos remetem aos primórdios da avaliação psicológica datando da importância dos resultados obtidos na testagem de grandes grupos na 1ª e 2ª Grandes Guerras Mundiais, o que reforçou o estudo dedicado da Psicologia Organizacional e do Trabalho (PO&T) através dos instrumentos. O campo da PO&T que até então estimava-se ser ocupado por  ¼ dos profissionais da Psicologia e sendo considerado a 3ª área que mais utilizava testes psicológicos, passava a ter reconhecimento em campos além do Trânsito, Porte de Armas, Recrutamento e Seleção, Avaliação de Desempenho, Treinamento e Desenvolvimento, abrangendo novas áreas como Avaliação Psicossocial e Avaliação Psicológica aplicada a Aviação. Neste capítulo somos beneficiados com os 161Testes Psicológicos disponíveis, listados e classificados por seus constructos de acordo com a classificação do SATEPSI (órgão de avaliação dos testes psicológicos do CFP), que desde 2003 avalia e qualifica os instrumentos para o uso profissional. Destes, 50 instrumentos fazem parte do contexto da Avaliação Psicológica Organizacional, o que representou um avanço significativo da esfera de pesquisa e publicações destinadas a área. Além dessa listagem, as autoras nos brindam com um anexo composto por uma lista de exemplos de perguntas a serem utilizadas na Entrevista Comportamental por Competências ou Habilidades, de maneira a colaborar de maneira prática com a instrumentalização do Psicólogo, destacando o embasamento teórico.

Um contato direto com a entrevista comportamental ou de descrição de comportamentos, sua preparação  e embasamento teórico encontram-se bem descritos por Seille C. Garcia-Santos no capítulo 2. A entrevista comportamental tem sido muito utilizada em processos seletivos na intenção de avaliar o potencial do sujeito em solucionar problemas ou situações que venham a surgir ao cargo que pretende trabalhar. Ela é diferenciada por ser mais estruturada, trabalhando com questões referentes em seu perfil de competências ao cargo, investigação de sua vida passada em situações vivenciadas, bem como suas soluções.  Ao longo do capítulo são abordados em detalhes a elaboração do perfil de competência do cargo, além das etapas da elaboração da entrevista comportamental, formalizando o roteiro de entrevista bem como o sistema de pontuação das questões. Finalizando o capítulo, a autora discorre sobre a utilização dos testes psicológicos em associação à entrevista comportamental no processo de avaliação psicológica nas organizações que resultam em informações objetivas e seguras decisivas no resultado do processo.

Os 3 próximos capítulos são dedicados aos instrumentos de avaliação psicológica da personalidade Pirâmides Coloridas de Pfister, Palográfico  e o uso da técnica de Zulliger na seleção e compreensão da personalidade. Esses instrumentos foram elencados devido ao fator resposta do candidato através de suas preferências, as quais sinalizarão características de sua personalidade, ajudando a predizer seu funcionamento  ao reunir as informações obtidas, oque colaborará positivamente com a avaliação.

No capítulo 6 Renzo Oswald ilustra a utilização do Método Funcional através do L.A.B.E.L. e sua contribuição na avaliação de personalidade como preditor de performance, uma das esferas de grande responsabilidade por parte do avaliador partindo do pressuposto de dar garantias ao resultado futuro de todo processo realizado. Em estreita relação candidato – empresa, o Método Funcional tem por objetivo reconhecer o caráter multidimensional do conteúdo dos itens que regem as atitudes do candidato, analisar seu processo de resposta que resultará a um detalhamento da personalidade e seu desempenho funcional dentro da empresa.

Ana Claudia Vazquez e Claudio Simon Hutz abordam em “Avaliação de desempenho em organizações de trabalho”, capítulo 7, as diversas razões sobre a avaliação de desempenho nas organizações, sua importância não apenas para a estratégia e o  sucesso das organizações mas também como ferramenta relevante para a gestão de pessoas, nos trazendo embasamento teórico inclusive do conceito desempenho, de suas diferenciações quando aplicado na dimensão individual e na dimensão organizacional, bem como a eficácia da EVHAD nesta última

No capítulo 8, através de Elizabeth Meyer e Daniela Forgiarini Pereira tomamos contato com a “Avaliação psicológica de trabalhadores em espaço confinado”, que tem por diretriz a NR33, envolvendo não apenas o local físico, mas também sua periculosidade principalmente partindo do pressuposto de que esse local primariamente não foi projetado como área de trabalho, o que traduz em riscos físicos e psicológicos que precisam ser monitorados e preservados. São inúmeros os locais que em que o espaço confinado está inserido no contexto laboral, indústrias das mais variadas áreas e para tanto é fundamental uma avaliação detalhada tanto do local de trabalho como do candidato a função. No capítulo as autoras sugerem  modelos de propostas de avaliação psicossocial elencando alguns instrumentos eficazes para o desenvolvimento do processo.

Finalizando a obra, o capítulo 9 nos traz, através das autoras Juliane Pariz e Sandra Spiendler Rodriguez, reflexões sobre a “elaboração do informe psicológico”, termo substituto á laudo ou parecer, seus desafios e sua importância, além das diferenças entre os tipos de documentos elaborados, com ênfase aos cuidados técnicos e éticos desse trabalho.

Resenha elaborada por Sonia Regina Baptista Cepellos, Psicóloga na Ômega Livraria & Psicologia Integrada Eireli.

 

Sorocaba , 27/05/2021

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